3 tópicos fundamentais na terapia nutricional na doença renal crônica
1. Exames bioquímicos
- Fósforo sérico
- Ureia sérica/urinária/urinária de 24h
- Creatinina sérica/urinária/urinária de 24h
- Ácido úrico sérico/urinário
- Microalbuminúria
- Homocisteína
São alguns dos exames que você pode solicitar para fazer o acompanhamento/evolução do paciente. A alteração desses exames requer o manejo da terapia nutricional na doença renal crônica e acompanhamento multidisciplinar.
2. Recomendações na terapia nutricional na doença renal crônica
Recomendações diárias de nutrientes para pacientes na fase não-dialítica da doença renal crônica | |
Energia (kcal/kg de peso atual ou ideal, em caso de obesidade ou muito baixo peso) | 30 a 35 |
Proteínas (g/kg de peso atual) | Estágios 1 e 2: 0,8 – 1 Estágios 3 a 5: 0,6 – 0,8 TFG < 30 mL/min: 0,3 |
Fósforo (mg) | Em torno de 800, ou 10 a 12 mg/kg |
Cálcio (mg) | Individualizado para cálcio, fósforo e PTH séricos; 1.000- 1.200 |
Sódio (mg) | 1000 – 2300 |
Potássio (mg) | Individualizado; geralmente não restrito, ou restrição de 1000 – 3000 |
Recomendações diárias de nutrientes para pacientes na fase dialítica da doença renal crônica | |
Energia (kcal/kg de peso atual ou ideal, em caso de obesidade ou muito baixo peso) | Semelhante à de indivíduos saudáveis, normocalórica |
Proteínas (g/kg de peso atual ou ideal) | 1,1 a 1,2 |
Fósforo (mg) | 800 a 1000 ou ≤ 17 mg/kg |
Cálcio (mg) | ≤ 1.000 |
Vitamina D (µg) | Individualizado para cálcio, fósforo e PTH séricos |
Sódio (mg) | 1000 – 2300 |
Potássio (mg) | 1000 – 3000 ou 40 mg/kg de peso atual |
Ferro (mg) | Pacientes recebendo eritropoietina normalmente necessitam da suplementação rotineira |
Líquidos | 500 a 750 mL + volume urinário de 24h 750 a 1000 mL se houver anúria |
3. Recomendações suplementares
- A suplementação com cetoácidos (aminoácidos sem o grupo amina) tendem a melhorar os sintomas urêmicos, a proteinúria, ao mesmo tempo que auxilia a manutenção de estado nutricional adequado.
- O uso de softwares, como a EasyDiet, é essencial nestes casos. Visto a cautela necessária com a assertividade das quantidades dos nutrientes prescritos e terapia nutricional na doença renal crônica como um todo.
- O acompanhamento e integração multidisciplinar é fundamental ao cuidado do paciente com doença renal.
Referência: CUPPARI, Lílian. Nutrição Clínica no Adulto. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Nutrição Clínica no Adulto, 3ª edição, 2014.
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Autor do texto: Matheus Medeiros
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