Como escolher entre as tabelas de composição de alimentos?

Tempo de leitura: 2 minutos

No Brasil, as principais tabelas de composição de alimentos são a TBCA, TACO, POF e a de Philippi. Porém, também é comum utilizar tabelas de outros países quando há alguma limitação nas nossas tabelas, como a USDA.

Mas dentre essas opções, como escolher entre as tabelas de composição de alimentos? Qual deve ser nossa prioridade na escolha? Então vamos trazer os principais pontos para sanar essas dúvidas.

As tabelas de composição de alimentos são pilares básicos para a educação nutricional, o controle da qualidade dos alimentos, avaliação da ingestão de nutrientes de indivíduos ou populações e para a prescrição dietética.

Há uma ordem de prioridade de escolha entre as tabelas de composição de alimentos…

De modo geral, a ordem decrescente de prioridade na escolha das informações nutricionais  com as tabelas de composição é: TBCA > TACO > POF > Philippi > Rótulo (no caso de produtos alimentícios) > USDA. Porém, devido a algumas limitações de cada tabela, essa ordem não é necessariamente seguida para todos os alimentos.

Por exemplo, a TBCA é o que temos de mais novo em composição de alimentos, é constantemente atualizada, disponibiliza medidas caseiras para praticamente todos os alimentos/preparações contidos (mais de 4600), porém, ainda não é possível de ser utilizada na prática clínica, para o planejamento alimentar devido a estar restrita a consultas na web ou pelo aplicativo móvel. Isto é, atualmente, não é possível exportar e depois importar as informações dessa tabela para uma planilha ou software.

A tabela TACO possui 597 alimentos/preparações analisados e está em primeiro na ordem das tabelas disponíveis na prática. Mas esta tabela possui 2 limitações importantes. A primeira é que a quantidade de selênio, vitamina D, vitamina E, vitamina B12 e folato nos alimentos não foi analisada. Ou seja, não se deve utilizar essa tabela para alimentos fontes desses nutrientes (como oleaginosas, laticínios, carnes vermelhas e pescados) para não subestimar o consumo desses nutrientes. Além disso, alguns alimentos amplamente consumidos e prescritos, como leite de vaca desnatado e integral UHT, não apresentam nenhum dado nutricional nessa tabela. Então é preferível utilizar outra tabela para estes alimentos.

Mesmo sendo um pouco mais antiga (2008-2009), a POF é uma tabela muito completa, com 1971 alimentos/preparações analisados. E quando chegamos nesse patamar, entre a POF e a Philippi, de decisão de qual tabela utilizar, basicamente o critério é ter a informação nutricional do alimento em questão. E quando não houver nessas tabelas, o que resta é utilizar as informações do rótulo. É preferível apenas em último caso utilizar tabelas de outros países, como a USDA, devido as diferenças de clima, solo e outras variáveis que afetam diretamente a quantidade dos nutrientes contidos nos alimentos.

Vale ressaltar que esse conteúdo é apenas norteador para decisões mais assertivas da escolha entre as tabelas de composição de alimentos. Mas cabe a cada nutricionista tomar a conduta que fizer mais sentido na prática clínica sobre essa questão.

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