Suplementação de vitamina D: quem realmente precisa?

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A vitamina D é considerada um pré-hormônio e atua na homeostase do cálcio e, consequentemente, na saúde óssea. A maior fonte dessa vitamina é produção endógena na pele, em resposta à luz solar. Na alimentação, as fontes desta vitamina são ovos, leite, e especialmente, peixes gordurosos. Mesmo sendo um país tropical, estudos populacionais brasileiros demonstraram que a prevalência da hipovitaminose D no nosso país é elevada.

A deficiência de vitamina D afeta principalmente o tecido ósseo e muscular, predispondo a doenças como osteoporose e osteomalácia, além de aumentar o risco de quedas e fraturas. Por estes fatos, a adequação dos níveis dessa vitamina via alimentação e, se necessário, suplementação ou dose medicamentosa (por prescrição médica) é essencial.

Estudos e recomendações de vitamina D

Em uma metanálise com quase 95 mil pacientes de 56 estudos randomizados controlados, verificou redução de mortalidade geral e 12% menos mortes por câncer, após cerca de 5 anos de suplementação com colecalciferol. A suplementação de 700 a 800 UI por dia de colecalciferol em diversos estudos mostrou redução de 26% em fraturas de fêmur e de 23% em fraturas não vertebrais.

Para o tratamento de deficiência de vitamina D em pacientes com osteoporose e alto risco de fraturas, recomenda-se manter o nível de 25(OH)D sérico maior que 30 ng/mL, sendo necessário um mínimo de 1.000 a 2.000 UI ao dia de suplementação, a fim de evitar o hiperparatireoidismo secundário, preservar a massa óssea e reduzir os riscos de queda e fraturas. As doses de tratamento são variáveis conforme cada caso, e nível de 25(OH)D maior que 12 ng/mL já demonstram redução de risco para raquitismo e osteomalácia, regulando a absorção intestinal de cálcio; para a redução de fraturas, objetiva-se um nível sérico de 25(OH)D maior que 24 ng/mL, sendo estimado um aumento de 1 ng/mL nos níveis de 25(OH)D para cada 100 UI suplementados.

Consensos sobre a vitamina D

Em resumo, segundo os consensos americano e brasileiro, não se indica a suplementação de colecalciferol de forma generalizada para toda população (evidência A), mas sim para indivíduos de maior risco, com insuficiência (menor que 30 ng/mL) de 25(OH)D comprovada, em que se observaram maiores benefícios com o tratamento. A complementação pela dieta e aporte nutricional, juntamente com a exposição solar (não havendo contraindicações dermatológicas) de 15 minutos ao dia em aproximadamente 20% de área corporal, deve ser estimulada para a população em geral.

Referências:

RIBAS FILHO, D.; ALBERTO NOGUEIRA DE ALMEIDA, C.; ELIAS DE OLIVEIRA FILHO, A. Posicionamento atual sobre vitamina D na prática clínica: Posicionamento da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). [s. l.], 2020.

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Autor do texto: Matheus Medeiros

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