Qual fórmula de percentual de gordura escolher?

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Qual fórmula de percentual de gordura escolher?

A adipometria é um dos métodos mais utilizados nos consultórios de nutrição para avaliar a composição corporal dos pacientes. Após obter os resultados de algumas dobras cutâneas, perimetrias, massa corporal… podemos usar esses dados para aplicar em fórmulas matemáticas para fazer o cálculo do percentual de gordura. Porém, temos um grande arsenal de fórmulas que podemos utilizar, então surge a dúvida: Qual fórmula de percentual de gordura escolher?

Primeiramente, vamos entender como são desenvolvidas essas fórmulas. Basicamente, é aferido em grupo amostral a composição corporal utilizando os melhores métodos disponíveis para tal (DEXA, porém, mais comumente utilizou-se a pesagem hidrostática), compara-se com o resultado da aferição das dobras cutâneas são analisadas, são criadas equações matemáticas de regressão e ao final com esses resultados, pode-se deduzir uma nova fórmula.

Limitações…

No entanto, nesse processo há alguns vieses importantes que devemos lembrar. A pesagem hidrostática, que foi um dos métodos mais utilizados para comparação, possui limitações importantes. Por exemplo, assim como boa parte das fórmulas, a pesagem hidrostática tem como resultante a densidade corporal. Ou seja, ainda temos que aplicar esse resultado em alguma fórmula que “transforme” a densidade corporal em percentual de gordura, como as fórmulas de Siri (1961) e Brozek (1963). E essas fórmulas também têm vieses no seu desenvolvimento.

Além disso, para escolher melhor as fórmulas que serão utilizadas no cálculo do percentual de gordura, devemos nos atentar sobre qual foi o público estudado para gerar a fórmula. Portanto, compilamos as principais fórmulas de percentual de gordura e seus respectivos públicos que a fórmula pode ser melhor aplicada:

Referência Público
Durnin & Womerley (1974) Homens (17 a 72 anos) Mulheres (16 a 68 anos)
Jackson & Pollock (1978) Homens (18 a 61 anos)
Jackson, Pollock & Ward (1978) Mulheres (18 a 55 anos)
Slaugther & Cols (1988) Adolescentes (8 a 18 anos)
Guedes (1985) + Siri (1961) Homens e mulheres brasileiros (18 a 20 anos)
Petroski (1995) + Siri (1961) Homens e mulheres (18 a 66 anos)
Forsyth & Sinning (1973) – 4 dobras + Brozek (1963) Homens atletas (19 a 22 anos)
Forsyth & Sinning (1973) – 2 dobras + Brozek (1963) Homens atletas (19 a 22 anos)
Forsyth & Sinning (1973) – 2 dobras e altura + Brozek (1963) Homens atletas (19 a 22 anos)
Forsyth & Sinning (1973) – 4 dobras e altura + Brozek (1963) Homens atletas (19 a 22 anos)
Lohman (1981) + Siri (1961) Homens adultos
Lohman (1986) Homens e mulheres jovens (7 a 16 anos)
Thorland (1984) – 7 dobras + Siri (1961) Homens e mulheres atletas (14 a 19 anos)
Thorland (1984) – 3 dobras + Siri (1961) Homens e mulheres atletas (14 a 19 anos)
Withers & Cols (1987) + Siri (1961) Homens e mulheres atletas (20 a 25 anos)
Deurenberg (1999) Crianças com ≤ 15 anos

Então, o que fazer na prática?

Vale ressaltar que todas essas fórmulas você pode utilizar com segurança na EasyDiet e colocamos os respectivos públicos-alvo de cada fórmula para que você escolha a melhor para cada paciente (clique aqui para se cadastrar e testar gratuitamente a EasyDiet). Sabemos que os pacientes pedem muito para saber o percentual de gordura e não há problema com isso, pois é uma questão natural das pessoas. Basta escolher a melhor fórmula aplicada para aquele paciente no momento e tentar repetir os procedimentos antropométricos da mesma forma sempre.

Porém, para você avaliar melhor a evolução dos pacientes, você pode também tratar as dobras por si só (ou seja, avaliou a dobra cutânea bíceps e deu 6 mm no mês passado e esse mês deu 3 mm, qual o resultado? Perda de 3 mm na dobra cutânea bíceps). Ou comparar o somatório de dobras centrais (subescapular, abdominal, supra espinhal, crista ilíaca) e periféricas (bíceps, tríceps, coxa e panturrilha) e da mesma forma compará-la com o passar do tempo. Além disso, o acompanhamento do somatório de dobras centrais, por exemplo, expressa a relação do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Gostou das nossas dicas? Se tiver dúvidas e sugestões, entre em contato conosco. Compartilhe com seus colegas e desfrute da EasyDiet, o melhor software de atendimento nutricional do mercado!

EasyDiet, feito por nutricionistas para nutricionistas.

Autores do texto: Matheus Medeiros e Rodrigo Rüegg

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